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A QUEDA DO DÓLAR E PORQUE VOCÊ DEVE SE PREOCUPAR

Não trataremos nesse ensaio, da queda do dólar em matéria cambial, ou seja, não importa aqui, se hoje o Dólar vale R$ 5,10 ou R$ 4,90. O tema desse ensaio é a queda daquela moeda no sentido de perda da referência global como reserva de garantia.

Veja, 60% dos negócios do mundo são feitos em dólar, o que quer dizer que quando você compra um par de tênis, um telefone celular ou webcam, esses produtos, se forem importados, terão sido cotados em dólar e então convertidos em real para que você saiba quanto pagar. Isso é ser referência.

Mais da metade dos dólares no mundo está fora dos EUA, isso mesmo. De aproximadamente 3 trilhões de dólares em circulação no mundo nos dias atuais, entre 60% e 70% estão fora dos EUA, ou seja 2,1 trilhões de dólares não estão dentro do país que emite a moeda e é essa realidade que vem sendo rapidamente alterada e que vai te impactar diretamente.

Todo esse dinheiro que não circula na América, está investido em títulos do tesouro norte americano e em comodities, sendo que delas a principal é o petróleo, que até bem pouco tempo só era negociado e precificado em dólares americanos. Porém com o aumento das tensões entre Arábia Saudita e Estados Unidos, lembre-se que o então candidato Joe Biden chamou o príncipe herdeiro da Arábia de “Pária”, este país passou a vender petróleo denominado em outras moedas, especialmente a moeda chinesa, Yuan.

 

Essa é a primeira das causas que indicam a queda do dólar.

A alteração na posição árabe retira um dos fundamentos do dólar como moeda de reserva, já que se os países puderem comprar petróleo em outras moedas, há um evidente enfraquecimento do dólar. E não há país no mundo que não precise comprar petróleo.

 

 

 

Aliás, a queda da influência da moeda norte-americana pode ser sentida quando se vê que as sanções aplicadas por Washington têm perdido grande parte de seus efeitos. Antes um temor absoluto, hoje já passível de se contornar e, em um futuro próximo, absolutamente ineficiente. As sanções, são, majoritariamente, econômicas, de tal maneira que o país sancionado não pode utilizar-se do sistema denominado SWIFT, onde cada país recebe um código para permitir aos seus cidadãos que façam e recebam pagamentos internacionais denominados em Dólar.  Sem poder fazer compra ou venda, a economia do país sancionado sofre com recessões, obrigando estes a sucumbirem à vontade da Casa Branca.

Essas punições, entretanto, sempre foram motivo de preocupação dos demais países, afinal submete o mundo à vontade de uma única nação, a única superpotência militar, EUA. De olho nessa condição, o BRICS, que é a união de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, lideram um consórcio internacional que visa pôr fim ao supremo poder da América de sancionar quem não se alinhe aos interesses de Washington, de tal forma que criaram um banco que fará a respectiva compensação da compra e venda entre os países, utilizando as moedas locais. Também criaram um novo sistema de transferência internacional de valores, fora do controle do FED, o todo poderoso Banco Central Americano, para contrapor o SWIFT, denominado de SUCRE, que na prática, anula completamente qualquer sanção comercial e financeira que poderiam os norte-americanos impor aos demais países.

A segunda razão principal para a queda do dólar é alteração do volume de impressão mensal de moeda pelo FED, o Banco Central dos Estados Unidos.

Veja, desde que o dólar foi criado, a mais ou menos duzentos anos, o volume máximo de moeda em circulação foi de US$ 850 bilhões de dólares. Isso é dizer que para que houvesse essa quantia de dinheiro em circulação o mundo levou 200 anos. Agora, com o chamado “quantitative easing”, que vem a ser nada mais nada menos que a impressão desenfreada de papel moeda, o FED está imprimindo uma média de $85 bi de dólares por mês; isso dá mais de $1 tri por ano. Isso mesmo, o FED está imprimindo por ano, mais do que a economia real gerou em 200 anos. Toda essa quantia, por óbvio levou à alta da inflação, da dívida pública americana e a uma crescente desconfiança global de que os EUA não conseguiram honrar suas obrigações. A situação é tão grave que, em 2022 a inflação brasileira foi menor que a norte-americana em muitas décadas.

Com a dívida pública beirando os 130% do PIB, a do Brasil é de 71%, e os juros em franca ascensão para combater a inflação, criada pela emissão de papel moeda, os americanos hoje retroalimentam a besta que pode aniquilar o dólar enquanto reserva de valor mundial. Aumentam os juros para reduzir a inflação e imprimem moeda para ajudar as pessoas e empresas a pagar a alta do juro. Vive-se um ciclo vicioso, do qual a única solução é o fim da impressão da moeda. Porém essa atitude causaria falta de moeda nos bancos, levando à quebra de vários deles, contaminando o mercado financeiro, derrubando o preço das ações e aumento significativamente o desemprego. Lembrou da quebra recente dos dois bancos norte-americanos… pois é.

Em seguida, a terceira razão para a queda do dólar seria a busca de outro ativo como referência de valor. E essa também já está em avançado estágio. Você apenas não deve ter ouvido, mas a Alemanha já repatriou mais de 150 toneladas de ouro que tinha depositado nos EUA, assim como a Venezuela. O Iran já vende petróleo em Ouro. Cidadãos da Holanda estão demandando a repatriação do ouro que têm nos EUA, assim como seus compatriotas Austríacos. O Equador também repatriou suas reservas em Ouro e a China admitiu, recentemente, que há falta de ouro no mercado. Aliás, segundo dados levantados, as reservas de ouro da China saíram de 700 toneladas para 6.000 toneladas, apenas nos últimos 20 anos e isso é só o que há nas mãos do governo chinês. Há pelo menos duas vezes esse montante nas mãos das empresas e pessoas daquele país.

Diante dessa possível mudança no cenário financeiro global, é crucial que indivíduos e empresas se preparem para a desdolarização. Algumas estratégias incluem:

  1. Diversificar investimentos: Invista em ativos denominados em diferentes moedas e geografias para se proteger contra possíveis flutuações cambiais e riscos associados à desvalorização do dólar.
  2. Monitorar os desenvolvimentos do mercado: Mantenha-se informado sobre as tendências econômicas e políticas globais, bem como sobre as políticas monetárias dos principais bancos centrais.
  3. Considerar alternativas financeiras: Explore o uso de criptomoedas e stablecoins como meios de pagamento, reserva de valor e proteção contra a inflação.
  4. Revisar contratos e acordos internacionais: Empresas que realizam negócios internacionais devem rever seus contratos e acordos para garantir que possam acomodar possíveis mudanças na moeda de reserva e minimizar riscos cambiais.

 

Conclusão

Todas essas condições são pregos já fixados no caixão do dólar e não estou aqui a pregar o fim imediato daquela moeda, apenas abrindo os olhos para uma realidade que não pode ser mais ignorada, já que a alteração na moeda padrão de reserva terá graves consequências para todos nós. Embora ainda seja incerto se o dólar realmente perderá seu status de moeda de reserva, é fundamental estar ciente das tendências em andamento e das possíveis implicações para a economia global e nossas finanças pessoais. Ao entender os fatores que impulsionam a desdolarização e tomar medidas para se adaptar a esse novo cenário, podemos nos posicionar melhor para enfrentar os desafios que essa transição possa apresentar.

 

Marcio Rodrigues

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